quinta-feira, 26 de março de 2020

Informativo

Saudades de vocês meus alunos! Segue em anexo os links para pesquisa e as atividades para serem realizadas nas próximas semanas. Não esqueçam de fazer as anotações no caderno. E qualquer dúvida podem me procurar no messenger,wats ou email prof.vagnerlopes@hotmail.com. Abraço e bons estudos. 

Atividade para ser realizada nas próximas semanas após o estudo sobre As Conjurações Mineiras e a Conjuração Baiana. - 8 Anos.


1) Baseando-se em seus estudos sobre Inconfidência Mineira e Conjuração Baiana, produza um quadro comparativo:
 INCONFIDÊNCIA MINEIRA                                                        CONJURAÇÃO BAIANA


Causas:

Camadas sociais envolvidas:

Propostas dos rebeldes : 
Resultados:
                                       

2)   Em janeiro de 1808, D. João, Príncipe Regente do Império Português, expediu a seguinte Carta Régia: “Eu, o Príncipe-Regente [...] atendendo à representação que fizestes subir à minha Real presença, [...] sou servido ordenar [...] o seguinte: Primeiro – Que sejam admissíveis nos portos do Brasil todos e quaisquer gêneros, fazendas e mercadorias, transportadas em navios estrangeiros das potências que se conservam em paz e harmonia com a minha Real Coroa [...]. Segundo – Que não só os meus vassalos, mas também os sobreditos estrangeiros possam exportar para os portos que bem lhes parecer, a benefício do comércio e agricultura, que tanto desejo promover, todos e quaisquer gêneros e produções coloniais [...]. O que tudo assim fareis executar com o zelo e atividade que de vós espero.” (Adaptado de Coleção das Leis do Brasil – 1808.)
Com base nesse documento e nos conhecimentos históricos, escreva um texto abordando as consequências dessas determinações de D. João sobre o pacto colonial.
3) Explique de que forma as ideias iluministas influenciaram esses movimentos.

4) Indique dois movimentos que ocorreram no mundo neste período que serviram de
exemplo para as Conjurações Mineira e Baiana.


5 – Produza uma reflexão sobre o que você entendeu sobre A Inconfidência Mineira e A Conjuração Baiana.



Rebeliões na América portuguesa: as conjurações mineiras e baiana. - 8 anos. - Conteúdo para ser estudado nas próximas semanas.


Objeto do conhecimento: Rebeliões na América portuguesa: as conjurações mineiras e baiana. - 8 anos.
Habilidade:  Explicar os movimentos e as rebeliões da América portuguesa, articulando as temáticas locais e suas interfaces com processos ocorridos na Europa e nas Américas.

Links para pesquisa e vídeo aula:













Atividade para ser realizada após os estudos sobre A Crise de 1929. - 9 Anos.


Atividade para ser realizada após os estudos sobre A Crise de 1929.
1- O Entre-Guerras (1918-1939) pode ser considerado, no seu conjunto, como um período de crises econômicas. Assinale a opção que expressa corretamente um problema relacionado às conjunturas desse período:
a) A rápida recuperação da produção europeia foi impulsionada pelos novos mercados abertos pela expansão colonial.
b) A crise alemã de 1924 representou um desdobramento da decadência da economia dos EUA, o principal centro econômico do mundo.
c) A crise de 1929, iniciada nos EUA, propagou-se rapidamente, pelos países capitalistas, cujas economias estavam em interdependência com a norte-americana.
d) Os desajustes da economia mundial tiveram como principal causa o abalo provocado pela Revolução Russa.
e) A reconversão foi caracterizada pela expansão da industrialização, em escala mundial, principalmente em economias periféricas.

2- Após a 1 Guerra Mundial os Estados Unidos se tornaram o país mais rico do mundo, consolidando o chamado "sonho americano". Essa riqueza provinha em grande parte do crescimento e do avanço técnico da indústria, o que por um lado resultava na maior oferta de produtos industrializados baratos, mas por outro ocasionava um crescente desemprego de operários substituídos por máquinas. O desemprego e as altas aplicações de dinheiro no mercado de ações ajudaram a desencadear uma crise de repercussão mundial. Identifique essa crise e analise suas principais consequências para os Estados Unidos.

3- Violar a lei tornou-se um verdadeiro business*, fonte de imensos lucros, dirigido por profissionais com a concordância de muitas pessoas honestas... É preciso reconhecer que burlar a Lei Seca exigia um verdadeiro esforço intelectual... Tratava-se de conseguir a mercadoria, de entregá-la, vendê-la, em suma de conquistar uma freguesia... Os acertos de contas se faziam abertamente... Mais de mil assassinatos marcaram a guerra do gim em Manhattan." (Anka Muhlstein, A ILHA PROMETIDA: A HISTÓRIA DE NOVA YORK DO SÉCULO AOS NOSSOS DIAS. S.P.: Cia. das Letras, 1991, p.186 e 187.) *business: negócio.
a) Por que a Lei Seca foi votada e aprovada nos Estados Unidos em 1917?
b) Por que a violação da Lei Seca nos Estados Unidos se tornou, ao mesmo tempo, crime e caminho para a ascensão social?


4-  A crise econômica de 1929, por sua profundidade e extensão, atingiu todo o mundo ligado ao capitalismo. Quais foram os efeitos dessa crise no Brasil, sob os aspectos econômico e político?


5-Em seu discurso de posse na presidência dos Estados Unidos, Roosevelt, em 1933, acusava a profunda crise econômica e social: "... grande quantidade de cidadãos desempregados vê surgir à sua frente o problema sinistro de existência, e um número igualmente grande labuta com escassa remuneração." Ao mesmo tempo, Roosevelt propunha: "Esta nação exige ação, e ação imediata." (Franklin Delano Roosevelt, DOCUMENTOS HISTÓRICOS DOS ESTADOS UNIDOS). Esta ação deu-se através de uma nova política econômica, o NEW DEAL. Apresente duas características desta política.

6- A grave crise econômico-financeira que atingiu o mundo capitalista, na década de 30, tem suas origens nos Estados Unidos. A primeira medida governamental que procurou, internamente, solucionar essa crise foi o "New Deal", adotado por Roosevelt, em 1933. Uma das medidas principais desse programa foi o(a):
a) encerramento dos investimentos governamentais em obras de infra-estrutura.
b) fim do planejamento e da intervenção do Estado na economia.
c) imediata suspensão da emissão monetária.
d) política de estímulo à criação de novos empregos.
e) redução dos incentivos à produção agrícola.

7 – Produzir uma reflexão sobre o que você entendeu sobre A Crise de 1929 e suas consequências para o mundo.


Queridos alunos dos 9 anos, este conteúdo vocês deveram estar estudando na próxima semana. Acessem os links indicados a baixo e façam as anotações no caderno.


Queridos alunos dos 9 anos,   este conteúdo vocês deveram estar estudando na próxima semana. Acessem os links indicados a baixo e façam as  anotações no caderno.
Objeto do conhecimento: A Crise de 1929
Links para pesquisa: A Crise de 1929 – 9 anos


Link de vídeo aula: 9 anos

Vídeo: A Crise de 1929





segunda-feira, 23 de março de 2020

Informativo

Queridos alunos qualquer dificuldade deixem comentário, para que eu possa aulxilar vocês nas atividades. Bons estudos!

quarta-feira, 18 de março de 2020

Atividade para ser realizada. Após o estudo realizado sobre A Revolução Francesa. - 8 anos.

Conteúdo: “A Revolução Francesa” “Era Napoleônica” Site para pesquisa: historianet.com.br

01- A Revolução Francesa representou uma ruptura da ordem política (o Antigo Regime) e sua proposta social desencadeou: 
a) a concentração do poder nas mãos da burguesia, que passou a zelar pelo bem-estar das novas ordens sociais. 
b) a formação de uma sociedade fundada nas concepções de direitos dos homens, segundo as quais todos nascem iguais e sem distinção perante a lei. 
c) a formação de uma sociedade igualitária regida pelas comunas, organizadas a partir do campo e das periferias urbanas.
 d) convulsões sociais, que culminaram com as guerras napoleônicas e com a conquista das Américas. e) o surgimento da soberania popular, com eleição de representantes de todos os segmentos sociais. 

 02- Caracterize a sociedade francesa no período pré-revolucionário: ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________

03- "Artigo 6 - A lei é a expressão da vontade geral; todos os cidadãos têm o direito de concorrer, pessoalmente ou por seus representantes, à sua formação; ela deve ser a mesma para todos, seja protegendo, seja punindo. Todos os cidadãos, sendo iguais a seus olhos, são igualmente admissíveis a todas as dignidades, lugares e empregos públicos, segundo sua capacidade e sem outras distinções que as de suas virtudes e de seus talentos". ("Declaração dos direitos do homem e do cidadão", 26 de agosto de 1789.) O artigo acima estava diretamente relacionado aos ideais: 
a) socialistas que fizeram parte da Revolução Mexicana. 
b) capitalistas que fizeram parte da Independência dos EUA. 
c) comunistas que fizeram parte da Revolução Russa. 
d) iluministas que fizeram parte da Revolução Francesa. 
e) anarquistas que fizeram parte da Inconfidência Mineira. 



04- Identifique as reivindicações do 3° Estado: ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________


05- O início da Revolução Francesa tem como marco simbólico: 
a) a Queda da Bastilha, em 14 de julho de 1789 
b) a instalação da Assembléia dos Estados Gerais, em maio de 1789 
c) a "Noite do Grande Medo" 
d) a aprovação da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, em agosto de 1789
 e) a execução do rei Luís XVI, em 1793 


06- Explique o que foi o Bloqueio Continental e relacione-o com a chegada da Família Real no Brasil em 1808:
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07- Na História da França, o GOLPE DE 18 BRUMÁRIO significa: 
a) o início da Revolução de 1789 com a abolição dos direitos feudais 
b) o fim da Revolução com a subida de Napoleão ao poder com o apoio do exército e da alta burguesia 
c) o fortalecimento da participação popular e dos embates entre Danton e Robespierre
d) o estabelecimento da igualdade de todos perante a lei com a aprovação da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão 


08- Cite o grupo social mais favorecido com a chegada de Napoleão ao poder na França: ________________________________________________________________ ________________________________________________________________


09- "Em tempos de revolução, nada é mais poderoso do que a queda de símbolos. A queda da Bastilha, que fez do dia 14 de julho a data nacional francesa, ratificou a queda do despotismo..." (Eric Hobsbawn) O texto anterior refere-se à revolução que: 
a) pôs fim ao Estado absolutista dos reis da dinastia Stuart, depois de uma guerra civil. 
b) permitiu, pela primeira vez na história da humanidade, a adoção, de forma clara, dos ideais iluministas na Constituição . 
c) sepultou definitivamente a restauração, motivando uma vaga de progressismo e de ímpeto revolucionário, que passou à história como "A Primavera dos Povos". 
d) na produção, provocou abalos nas condições sociais, onde todas as relações estagnadas ficaram podres, sendo que as novas envelheciam antes mesmo de se consolidar. 
e) destruiu o feudalismo e o absolutismo, lançando as bases para o desenvolvimento pleno do capitalismo, difundindo seus ideais por toda a Europa. 

10- Em 1799, Napoleão Bonaparte tomou o poder na França por meio de um golpe de Estado. Sobre esse histórico episódio: a) O que é um golpe de Estado? ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ___________________________________________________________

b) De quem Napoleão recebeu apoio pra esse golpe e por que? ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________
c) Como esse golpe ficou conhecido? __________________________________
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Mapa Mental - Revolução Francesa - 8 anos.


Vídeos: Revolução Francesa. - 8 Anos.


Link: vídeo aula e pesquisa. Revolução Francesa - 8 Anos.


https://www.politize.com.br/revolucao-francesa/


https://www.todamateria.com.br/revolucao-francesa/


https://www.youtube.com/watch?v=ceCcZooYDBo


https://www.youtube.com/watch?v=bb6d54mQkL0

Material de apoio para estudo - 8 anos.


Mestra em História (UFRJ, 2018)

Para entender a série de eventos que eventualmente levaria à Revolução Francesa em 1789, é fundamental ter em mente o processo geral europeu de transformação das antigas monarquias feudais em Estados absolutistas, que ganhou sua mais famosa expressão neste reino. A partir do reinado do primeiro monarca da dinastia dos Bourbon, Henrique IV (1553-1610), os soberanos franceses habituaram-se a não convocar os Estados Gerais e deixar de lado os grandes senhores, preferindo nomear ministros burgueses para os cargos mais importantes do governo. No reinado do filho de Henrique IV, Luís XIII (1601-43), o soberano passaria a ser encarado como representante da vontade divina para o reino, sendo único intérprete dos interesses de Estado e, logo, principal símbolo da manutenção da ordem e da prosperidade da nação. Mas foi com o filho de Luís XIII, Luís XIV (1638-1715) – o Rei Sol - que o absolutismo francês assumiu sua forma máxima de expressão. Nas últimas décadas do século XVIII, o tataraneto de Luís XIV, Luís XVI (1754-93) ainda reinaria nos mesmos moldes ideológicos estabelecidos pelos seus ancestrais.

Antecedentes

A situação de França, no entanto, era agora crítica no plano político-econômico. Contando com cerca de 25 milhões de habitantes, a sociedade era altamente estratificada. O topo da pirâmide era ocupado por cerca de 120 mil pessoas que detinham cargos na Igreja, possuidoras de 10% das terras do reino. O chamado primeiro estado era isento de impostos, serviço militar e até mesmo julgamento em tribunais comuns. Já o segundo estado era composto por cerca de 400 mil nobres, a maioria dos quais vivia em seus próprios castelos ou na corte real em Versalhes. Eles também não pagavam impostos, sendo sustentados pelo trabalho de 98% da população – que consistia, portanto, no terceiro estado, formado por mais de 24 milhões de pessoas de diversos setores sociais, como os sans-culottes, incluindo a mais miserável parcela da população: os camponeses. Na época de Luís XVI, cerca de 80% da renda destes era destinada ao pagamento de impostos.
Apoiado em tal frágil estrutura, o reino francês afundou com facilidade numa crise econômica ocasionada principalmente pelos gastos com as intervenções militares em conflitos externos. Em 1785, uma forte seca quase acabou com o rebanho bovino, e, em 1788, péssimos resultados na safra agrícola elevaram brutalmente os preços dos alimentos, fazendo a fome se alastrar. Aos milhares, os pedintes passaram a vagar pelo país, e alguns começaram a roubar e destruir castelos, muitas vezes assassinando seus proprietários. Muitos culpavam a nobreza pela miséria em que o reino se encontrava. Na capital, Paris, operários e artesãos começaram a fazer greves, e desempregados saqueavam lojas. Manifestações contra a política econômica tornaram-se comuns.

Causas

Em 1789, para solucionar o grave déficit das contas públicas, o ministro de Finanças, Jacques Necker, propôs que o clero e a nobreza passassem a pagar impostos. A ideia foi rejeitada. Pouco depois, contudo, com o agravamento da crise, Luís XVI convocaria os chamados Estados Gerais pela primeira vez em quase 200 anos para discutir soluções. Nesta série de reuniões, cada estado tinha um voto em cada matéria discutida. Como seus interesses eram bastante similares, clero e nobreza tendiam a votar juntos, invariavelmente ganhando todas as votações. No dia da abertura dos Estados Gerais de 1789, porém, o terceiro estado pediu que a contagem de votos passasse a ser feita por cada deputado individual. Após um mês de impasse sobre a questão, ele se retiraria para uma sala separada, se autoproclamando em 9 de julho como a Assembleia Nacional Constituinte. Incapaz de dissolver a reunião independente do terceiro estado, o rei ordenou que os outros dois estados se unissem a ele. Enquanto isso, contudo, ele convocou o Exército para sufocar o que via como uma sedição.
Abertura dos Estados Gerais em 5 de Maio de 1789. Obra de Isidore-Stanislaus Helman (1743-1806) e Charles Monnet (1732-1808).
Quando a notícia da traição de Luís XVI se espalhou, grande parte da população se revoltou. Em 14 de julho, uma multidão invadiu os arsenais do governo e se apoderou de cerca de 30 mil mosquetes, rumando depois até a Bastilha, antiga fortaleza onde o governo encarcerava os opositores, e tomou-a após algumas horas de combate. Embora estivesse praticamente desativada na ocasião, ela constituía um dos maiores símbolos do absolutismo, e sua queda costuma ser tratada com o marco zero da Revolução Francesa.
Pintura retrata a queda da Bastilha.
A Tomada da Bastilha, pintura de Jean-Pierre Louis Houël, 1789. O fato é considerado o marco inicial da Revolução Francesa.
Quando a notícia se espalhou, mais levantes se alastrariam pelo país afora. A sublevação generalizada possibilitou que a Assembleia Constituinte abolisse as leis feudais que ainda vigoravam, suprimindo leis ainda em vigência que privilegiavam clero e nobreza. Além disso, grupos populares armados foram transformados na chamada Guarda Nacional, cuja missão era proteger a Assembleia de ataques. Em 26 de agosto seria proclamada a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Fortemente inspirada pelo movimento iluminista, o documento estabelecia a liberdade e a igualdade de todos perante a lei, além de estabelecer a presunção de inocência e liberdade de opinião.

Monarquia constitucional

Nos dois anos que se seguiriam, Luís XVI e sua família permaneceram confinados em um palácio em Paris. Neste período, aconteceu a promulgação da primeira Constituição da França, em 1791. A Carta Magna francesa estabelecia a divisão entre os três poderes do Estado e definia a monarquia constitucional como forma de governo. O rei seria o chefe do Executivo, tendo a prerrogativa para vetar leis, mas seu poder ainda estaria limitado pelas normas constitucionais. O voto para eleger aqueles que seriam os 745 membros do Legislativo, porém, seria censitário – o que significava que apenas uma pequena parcela da população poderia votar. Em junho de 1791 ocorreria uma tentativa de fuga da família real para a Áustria, terra de nascimento da rainha Maria Antonieta. Detidos a poucos quilômetros da fronteira, eles seriam reconduzidos para o palácio parisiense, apenas para serem presos pouco depois sob a acusação de conspiração contra o Estado.
Com a prisão do rei, o governo passou para as mãos do chamado Conselho Executivo Provisório, liderado pelo advogado George-Jacques Danton. A Assembleia Nacional foi dissolvida e substituída pela Convenção Nacional, cujo controle era disputado pelos jacobinos – defensores da República e representantes da pequena e média burguesia - e pelos girondinos – políticos moderados que procuravam negociar com a monarquia. Em 22 de setembro, foi proclamada a República e, em 21 de janeiro do ano seguinte, Luís XVI foi executado na guilhotina.
Rei Luís XVI da França. Pintura de Antoine-François Callet, 1789.

Período do Terror

Uma Constituição Republicana foi em breve elaborada, concedendo o sufrágio universal masculino. Agora predominantes na Convenção Nacional por sua vitória nas eleições, os jacobinos tiveram a força necessária para enfrentar a investida contrarrevolucionária liderada pela Áustria. Em abril de 1793, foi criado o Comitê de Salvação Pública, que convocaria cerca de 300 mil homens para a guerra. Além disso, foi criado o Tribunal Revolucionário, que julgaria diversos suspeitos de traição. Era o início do chamado Período do Terror da Revolução Francesa, que até 1794 executaria cerca de 35 mil pessoas, entre elas a antiga rainha Maria Antonieta e o próprio George-Jacques Danton.
O governo jacobino foi de início bastante popular, uma vez que criou impostos sobre os ricos, aprovou leis fixando tetos para preços de produtos, regulamentou salários, abriu escolas públicas, repartiu bens de nobres exilados e promoveu a reforma agrária. Como rompera com a Igreja Católica anteriormente, também instituiu o divórcio e a liberdade religiosa, além de abolir a escravidão nas colônias francesas. Em junho de 1794, as tropas francesas obtiveram uma vitória decisiva em cima dos exércitos invasores. Em breve, contudo, os principais líderes jacobinos, como Robespierre e Saint-Just, estariam se voltando contra militantes ainda mais radicais, o que os faria perder apoio popular. Em 27 de julho de 1794, eles seriam derrubados do poder pelos girondinos no chamado golpe do 9 Termidor, e acabariam na guilhotina. Algumas medidas implementadas pelos jacobinos seriam canceladas pelo novo governo, como o tabelamento dos preços e o fim da escravidão nas colônias. Ao mesmo tempo, a população de Paris foi desarmada para evitar outras revoltas.

Diretório

Tal medida já evidenciava o caráter essencialmente conservador que teria o governo girondino. Em 1795 seria aprovada uma nova Constituição. De caráter liberal, ela acabou reintroduziu o voto censitário e colocou o poder Executivo nas mãos do chamado Diretório, órgão que seria composto por cinco pessoas eleitas entre os deputados. Durante esse período, além da tensão da guerra e dificuldades financeiras, o governo sofreu ataques internos por jacobinos e monarquistas. Para conter essas manifestações, o Diretório pediu ajuda ao Exército e, em 1795, o jovem e promissor general Napoleão Bonaparte foi escolhido para organizar a defesa interna do país. Graças ao seu êxito, Napoleão acabou tornando-se uma importante força política no país após a Revolução Francesa. Seu prestígio cresceu tanto que, em 1799, ele foi convidado a fazer parte do Diretório. Em 9 de novembro do mesmo ano – no golpe conhecido como 18 Brumário – Napoleão anunciou que iria dissolver o Parlamento e substituir o calendário por três cônsules provisórios, dos quais ele era evidentemente o mais importante. Era o início da Era Napoleônica.

Cronologia da Revolução Francesa

  • 1774 – Luís XVI torna-se rei da França.
  • 1785 – Uma seca atinge o reino francês, agravando a crise econômica já existente.
  • 1788 – A safra agrícola tem péssimos resultados, gerando fome.
  • 1789 – Luís XVI convoca os Estados Gerais.
  • 1789 – Queda da Bastilha.
  • 1789 – É proclamada a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.
  • 1791 – É promulgada a primeira Constituição francesa.
  • 1792 – Proclamação da República.
  • 1793 – Execução de Luís XVI na guilhotina.
  • 1793 – Início do período do Terror jacobino.
  • 1794 – Derrubada dos jacobinos no golpe de 9 Termidor.
  • 1799 – Derrubada do Diretório no golpe de 18 Brumário e início da Era Napoleônica.
Bibliografia:
FURET, François. Pensar a Revolução Francesa. São Paulo: Paz e Terra, 1989.
SERIACOPI, Gislane Campos Azevedo; SERIACOPI, Reinaldo. “A Revolução Francesa”. In: História: volume único. São Paulo: Ática, 2005. pp. 252-257.
VOVELLE, Michel. A Revolução Francesa. São Paulo: Ed. Unesp, 2012.

Realizar atividade após término do objeto do conhecimento: Revolução Russa. 9 Anos.


QUESTÕES



1.   A Revolução Russa de 1917 significou a formação do primeiro Estado Socialista do mundo, provocando uma ruptura no sistema capitalista mundial e influenciando os movimentos revolucionários no pós-guerra e a divisão do mundo em Socialismo e Capitalismo, com os consequentes conflitos de interesses.

a) Cite duas condições existentes na Rússia czarista que contribuíram para a eclosão da Revolução de 1917.




b) O que eram os 'soviets' e qual o seu papel no processo revolucionário?




2- Diferencie os Mencheviques dos  Bolcheviques citando as características de cada partido.






3-Explique as duas etapas do processo da Revolução Russa.






3. (Famerp 2018) Seja como for, o comunismo não se limitava à Rússia. […] Uma das minhas primeiras experiências políticas, quando me tornei membro do partido [comunista] na época em que ainda estudava em Berlim, foi uma discussão com o companheiro responsável por meu recrutamento. Ele ficou desconcertado quando lhe disse: “Bem, todo mundo sabe que a Rússia é um país atrasado, por isso podemos esperar que o comunismo tenha suas derrotas por lá.”
(Eric J. Hobsbawm. O novo século, 2000.)
A afirmação do estudante de Berlim e futuro historiador inglês baseava-se na ideia de que
a) as revoluções operárias vitoriosas ocorreram ao longo da história nos países mais industrializados.
b) as rupturas sociais radicais, inauguradas pela Revolução Francesa, deram origem a regimes totalitários.
c) o sucesso revolucionário seria possível somente no caso da propagação da revolução para países dominados pelos europeus.
d) a vitória dos comunistas na Rússia foi liderada por partidos oriundos dos movimentos camponeses.
e) a revolução bolchevista deveria enfrentar a questão do desenvolvimento econômico do país.

Links para pesquisa - Revolução Russa - 9 anos.



Vídeos e curiosidades sobre a Revolução Russa - 9 anos


Revolução Russa - Mapa Mental


Revolução Russa - Material para apoio de estudos - 9 anos


10 FATOS CURIOSOS SOBRE A REVOLUÇÃO RUSSA

Derrubando a secular monarquia russa e instaurando um revolucionário governo socialista, o evento de 1917 foi uma das mais importantes transformações do século 20
ISABELA BARREIROS PUBLICADO EM 28/11/2019, ÀS 15H49


A Revolução Russa de 1917
A Revolução Russa de 1917 - Getty Images

1. Duas revoluções
Na verdade, em 1917, aconteceram duas “revoluções russas”. Uma delas foi responsável por derrubar o czar Nicolau II da Rússia e aconteceu de 8 a 16 de março daquele ano. Esse primeiro levante levou o nome de Revolução de Fevereiro e instaurou um governo provisório no país. Já em novembro, durante os dias 7 e 8, os bolcheviques colocaram um fim nesse regime e, com a Revolução de Outubro, estabeleceram sua hegemonia por meio de um governo socialista.
2. A questão das datas
Se você percebeu algo estanho entre os nomes das revoluções e as datas em que elas aconteceram, a observação está correta. Isso acontece porque os russos ainda usavam o antigo calendário juliano, que foi criado por Júlio César em 46 a.C., assim, os meses não correspondem aos nossos atuais. A Revolução de Fevereiro aconteceu em março, segundo o nosso calendário, e a de Outubro em novembro.

Crédito: Getty Images


3. Invasão ao palácio
Os líderes bolcheviques invadiram a antiga residência do czar em 7 de novembro de 1917. O Palácio de Inverno em Petrogrado servia de sede para o governo provisório instalado pela Revolução de Fevereiro, ainda no mesmo ano, mas foi tomada pelo outro grupo revolucionário. Mesmo que tenha sido uma invasão, o cenário não gerou muito sangue, mesmo com alguma resistência dos que já estavam lá.
4. A morte de Lenin
Lenin, importante figura para a consolidação da Revolução Russa, morreu quase logo após a árdua vitória. O Exército Vermelho venceu a Guerra Civil Russa em 1922, mas apenas dois anos depois o revolucionário veio a óbito, durante uma série de ataques que aconteceram no dia 21 de janeiro de 1924. Seu cadáver foi embalsamado e, ainda hoje, é exposto em um mausoléu em Moscou, na Rússia.

O corpo embalsamado de Lenin / Crédito: Getty Images


5. Revolução dos Bichos é uma alegoria da Revolução Russa
O famoso livro de George Orwell, publicado em 1945, é uma metáfora para os acontecimentos sucedidos na Rússia durante seus anos de transformação. Na obra, os animais da fazenda se juntam para derrubar seu dono, o Sr. Jones, e os porcos tornam-se líderes da revolução. O maior deles, o Old Major que seria Lenin na alegoria, morre logo após a vitória. Depois disso, Snowball (Trotsky) e Napoleão (Stalin) passam a disputar o poder no local, mas, com o tempo, Napoleão conquista a liderança e Snowball é mandado para o exílio.
6. O dia decisivo
Ao longo de todo mês de março, inquietude e agitação tomavam as pessoas de Petrogrado. Mas em 12 de março a revolução já tomava forma. Naquele dia, o Regimento Volinsky, o exército do czar Nicolau II, formou um enorme motim e se juntou ao movimento popular da Revolução Russa, que se tornaria um dos mais espontâneos da História. Por volta de 60 mil soldados do ex-imperador foram convertidos à causa da revolução.
7. Ex-czar
A abdicação do trono de Nicolau II data de 15 de março de 1917. O ato sinalizou a queda dos Romanov, que dominaram a Rússia por mais de 300 anos. No entanto, no dia 17 de julho de 1918, a família foi aniquilada pelos revolucionários bolcheviques a tiros, baionetas e pauladas. O acontecimento marcou o fim de uma das aristocracias mais antigas da Europa.

O czar russo Nicolau II / Crédito: Klimbim


8. Golpe de Estado
A Revolução de Outubro foi, na verdade, um golpe de Estado muito bem planejado pelos bolcheviques em resposta à confusão que se instalava no país, sem líderes e perspectivas concretas de mudança. O grupo orquestrou o movimento muito detalhadamente muito antes dele, de fato, acontecer. Essa é uma das maiores diferenças entre as duas revoltas ocorridas na Rússia: a primeira foi totalmente espontânea e desorganizada, já a segunda contou com um cuidadoso planejamento.
9. A Guerra Civil Russa
A Guerra Civil, que seguiu a Revolução Russa, foi uma das mais sangrentas batalhas da História — seus números variam entre 7 a 12 milhões de mortos, feridos ou desaparecidos. O conflito armado foi uma disputa de poder entre os bolcheviques, pós-revolução, e outros setores da sociedade que não concordavam com as transformações que estavam tomando a Rússia, como militares do antigo exército do czar, conservadores, grupos da Igreja Ortodoxa Russa e alguns minoritários mencheviques.
10. Insatisfação popular
A revolução, no entanto, não surgiu do acaso. Um dos maiores motivos para a insatisfação popular na época eram as graves perdas russas durante a Primeira Guerra Mundial. Além dos enviados à guerra, muitos civis sofriam com as duras consequências do conflito, como fome ou deslocamento forçado. Além disso, a crise econômica crescia cada vez mais no decorrer da grande conflagração.

Saiba mais sobre a Revolução Russa por meio dos livros a seguir:
1. Rumo à Estação Finlândia, de Edmund Wilson (2006) - https://amzn.to/2XRyw32
2. História Concisa da Revolução Russa, de Richard Pipes (2008) - https://amzn.to/2soj2rQ
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GUIA DE ORIENTAÇÃO DE ESTUDOS 9 ANOS

UNIDADE(S) TEMÁTICA(S): O nascimento da República no Brasil e os processos históricos até a metade do século XX. OBJETO DE CONHEC...