República Velha (1889 - 1930)
A primeira fase do período republicano é subdividida em dois período: República
da Espada e República da Oligarquias. Este período da História do Brasil é
marcado pelo domínio político das elites agrárias mineiras, paulistas e
cariocas. O Brasil firmou-se como um país exportador de café, e houve deu um
significativo desenvolvimento industrial. Na área social, várias revoltas e
problemas sociais aconteceram nos quatro cantos do território brasileiro.
A República da Espada ( 1889
a 1894 )
Em 15 de novembro de 1889, aconteceu
a Proclamação da República, liderada pelo Marechal Deodoro da Fonseca. Nos
cinco anos iniciais, o Brasil foi governado por militares. Deodoro da Fonseca,
tornou-se Chefe do Governo Provisório. Em 1891, renunciou e quem assumiu foi o
vice-presidente: Floriano Peixoto. O militar Floriano, em seu governo,
intensificou a repressão aos que ainda davam apoio à monarquia. República da
Espada, foi governada por dois militares, os marechais Deodoro da Fonseca e
Floriano Peixoto. Durante essa época de transição do regime monárquico para o
republicano, foram comuns os levantes populares e a repressão a focos de
resistência monárquica. O governo de Deodoro da Fonseca foi marcado por greves
e pela Primeira Revolta da Armada. Floriano Peixoto, ao assumir a presidência,
conquistou a confiança da população e consolidou a República.
Durante a República da Espada, as oligarquias agrárias formaram a base
governamental. O poder dos militares sucumbiu à força política dos barões do
café de São Paulo e aos pecuaristas de Minas Gerais. Com a instituição de
eleições diretas, os cafeicultores paulistas conseguiram eleger Prudente de Morais.
Seu governo iniciou a política do café com leite (divisão do poder entre
paulistas e mineiros), que norteou a segunda fase da República Velha, conhecido
como República Oligárquica (1894-1930).
República das Oligarquias
O período que vai de 1894
a 1930 foi marcado pelo governo de presidentes civis, ligados ao setor
agrário. Estes políticos saiam dos seguintes partidos: Partido Republicano
Paulista (PRP) e Partido Republicano Mineiro (PRM). Estes dois partidos
controlavam as eleições, mantendo-se no poder de maneira alternada. Contavam
com o apoio da elite agrária do país.
Dominando o poder, estes presidentes
definiram políticas que beneficiaram o setor agrário do país, principalmente,
os fazendeiros de café do oeste paulista.
Política do Café-com-Leite
A maioria dos presidentes desta época
eram políticos de Minas Gerais e São Paulo. Estes dois estados eram os mais
ricos da nação e, por isso, dominavam o cenário político da República. Saídos
das elites mineiras e paulistas, os presidentes acabavam favorecendo sempre o
setor agrícola, principalmente do café (paulista) e do leite (mineiro). A
política do café-com-leite sofreu duras críticas de empresários ligados à
indústria, que estava em expansão neste período.
Se por um lado a política do
café-com-leite privilegiou e favoreceu o crescimento da agricultura e da
pecuária na região Sudeste, por outro, acabou provocando um abandono das outras
regiões do país. As regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste ganharam pouca
atenção destes políticos e tiveram seus problemas sociais agravados.
Entre 1889 e 1930, período da
Primeira República o país adotou uma constituição liberal que garantia a
liberdade política, econômica e religiosa do cidadão. O poder permaneceu com os
grandes proprietários com a adesão de antigos monarquistas ao sistema
republicano de governo. Apesar do liberalismo defendido pelas elites
brasileiras, o Estado intervinha protegendo o setor exportador, principalmente
os cafeicultores, quando o valor das exportações desvalorizava. Durante esse
período a população continuava sem amparo e seu direito à cidadania resume em
comparecer as urnas e votar nos candidatos indicados pelas famílias poderosas.
Nesse período, a indústria brasileira iniciou seus primeiros passos, sendo
contudo considerada por muitos desnecessária ao país e até perigosa, ao criar
um operariado.
A Constituição de 1891 ( Primeira
Constituição Republicana )
Após o início da República havia a
necessidade da elaboração de uma nova Constituição, pois a antiga ainda seguia
os ideais da monarquia. A constituição de 1891, garantiu alguns avanços
políticos, embora apresentasse algumas limitações, pois representava os
interesses das elites agrárias do pais. A nova constituição implantou o
voto universal para os cidadãos ( mulheres, analfabetos, militares de baixa
patente ficavam de fora ). A constituição instituiu o presidencialismo e o voto
aberto.
A República Velha foi marcada também
pelo enfraquecimento do Poder Legislativo. Eleito pelo Congresso Nacional
(indiretamente), Deodoro passou a enfrentar a oposição do Congresso e da
população devido à crise econômica.
Entre agosto e novembro de 1891, o
Congresso tentou aprovar a Lei de Responsabilidades, que reduzia os poderes do
presidente, mas Deodoro contra-atacou e decretou a dissolução do Congresso em 3
de novembro de 1891. Na mesma data, lançou um "manifesto à Nação"
para explicar os motivos do seu ato. Tropas militares cercaram os prédios do
Legislativo e prenderam líderes oposicionistas.
Deodoro decretou estado de sítio
(suspensão dos direitos civis) e oficializou a censura à imprensa. Ao assumir,
em 23 de novembro de 1891, Floriano Peixoto anulou o decreto de dissolução do
Congresso e suspendeu o estado de sítio. A Igreja foi desvinculada do Estado e
estabeleceram-se eleições diretas para os cargos públicos como presidente,
governadores, senadores, deputados estaduais e federais etc.
Política dos Governadores.
Instituída no governo de Prudente de
Morais, foi a principal marca do período. Por meio desse arranjo político, o
poder federal passou a apoiar os candidatos dos governadores estaduais (elites
regionais). Em troca, os governadores davam apoio ao governo federal, a fim de
garantir a eleição de candidatos para o Senado e para a Câmara dos Deputados.
Esta política visava manter no poder as oligarquias. Em suma, era uma troca de
favores políticos entre governadores e presidente. O presidente apoiava os
candidatos dos partidos governistas nos estados, enquanto estes políticos davam
suporte a candidatura presidencial e também durante a época do governo
Economia e política
No campo da economia, foi um período
de modernização, com o surto de industrialização impulsionado pela Primeira
Guerra Mundial. Entretanto, o eixo da economia continuou a ser o café até a
quebra da Bolsa de Nova Iorque, em 1929.
Ocorreram movimentos como a Guerra
dos Canudos, a Revolta da Vacina, a Revolta da Chibata, a Guerra do Contestado,
a Revolta dos 18 do Forte de Copacabana, o Movimento Tenentista e finalmente a
Revolução de 1930, que marcou o fim da República Velha. Aconteceram também as
primeiras greves e o crescimento de movimentos anarquistas e comunistas nos
grandes centros urbanos.
O coronelismo
A figura do "coronel" era
muito comum durante os anos iniciais da República, principalmente nas regiões
do interior do Brasil. O coronel era um grande fazendeiro que utilizava seu
poder econômico para garantir a eleição dos candidatos que apoiava. Era usado o
voto de cabresto, onde o coronel (fazendeiro) obrigava e usava até mesmo de
violência para que os eleitores de seu "curral eleitoral" votassem
nos candidatos apoiados por ele. Como o voto era aberto, os eleitores eram
pressionados e fiscalizados por capangas do coronel, para que votasse nos
candidatos indicados. O coronel também utilizava outros "recursos" para
conseguir seus objetivos políticos, tais como: compra de votos, eleitores
fantasmas, trocam de favores, fraudes eleitorais e violência.
O Convênio de Taubaté
Essa foi uma fórmula encontrada pelo
governo republicano para beneficiar os cafeicultores em momentos de crise. Quando
o preço do café abaixava muito, o governo federal comprava o excedente de café
e estocava. Esperava-se a alta do preço do café e então os estoques eram
liberados. Esta política mantinha o preço do café, principal produto de
exportação, sempre em alta e garantia os lucros dos fazendeiros de café.
A crise da República Velha e o Golpe
de 1930
Em 1930 ocorreriam eleições para
presidência e, de acordo com a política do café-com-leite, era a vez de assumir
um político mineiro do PRM. Porém, o Partido Republicano Paulista do presidente
Washington Luís indicou um político paulista, Julio Prestes, a sucessão,
rompendo com o café-com-leite. Descontente, o PRM se junta com políticos da
Paraíba e do Rio Grande do Sul (forma-se a Aliança Liberal) para lançar a
presidência o gaúcho Getúlio Vargas.
Júlio Prestes sai vencedor nas
eleições de abril de 1930, deixando descontes os políticos da Aliança Liberal,
que alegam fraudes eleitorais. Liderados por Getúlio Vargas, políticos da
Aliança Liberal e militares descontentes, provocam a Revolução de 1930. É o fim
da República Velha e início da Era Vargas.
Galeria dos Presidente da República
Velha :
Marechal Deodoro da Fonseca
(15/11/1889 a 23/11/1891), Marechal Floriano Peixoto (23/11/1891 a 15/11/1894),
Prudente Moraes (15/11/1894 a 15/11/1898), Campos Salles (15/11/1898 a
15/11/1902) , Rodrigues Alves (15/11/1902 a 15/11/1906), Affonso Penna
(15/11/1906 a 14/06/1909), Nilo Peçanha
(14/06/1909 a 15/11/1910), Marechal
Hermes da Fonseca (15/11/1910 a 15/11/1914), Wenceslau Bráz (15/11/1914 a
15/11/1918), Delfim Moreira da Costa Ribeiro (15/11/1918 a 27/07/1919),
Epitácio Pessoa (28/07/1919 a 15/11/1922),
Artur Bernardes (15/11/1922 a
15/11/1926), Washington Luiz (15/11/1926 a 24/10/1930).
Ciclo da borracha
Outra característica da República
Velha foi a valorização da borracha, no final do século XIX, alimentada pelo
aquecimento da indústria automobilística dos Estados Unidos. O interesse
norte-americano pela borracha levou o Brasil a comprar o território que hoje
corresponde ao estado do Acre, então pertencente à Bolívia. A negociação foi
conduzida pelo barão de Rio Branco. O Brasil pagou um milhão de dólares à
Bolívia e construiu a estrada de ferro Madeira-Mamoré, que facilitaria o
escoamento da borracha e de produtos da Bolívia (país sem saída para o mar).
O ciclo da borracha
trouxe progresso à região amazônica, especialmente a Belém e Manaus. A borracha
chegou a ocupar o segundo posto de nossas exportações, perdendo apenas para o
café. Com o aumento da importância da borracha no cenário internacional, os
ingleses apanharam sementes de seringueira no Brasil e fizeram plantações na
Malásia. Com o passar do tempo, a produção da Malásia superou a brasileira.Fonte:
www.camara.gov.br
Guerra do Contestado
Introdução
A Guerra do Contestado foi um conflito armado que ocorreu na região Sul do Brasil, entre outubro de 1912 e agosto de 1916. O conflito envolveu cerca de 20 mil camponeses que enfrentaram forças militares dos poderes federal e estadual. Ganhou o nome de Guerra do Contestado, pois os conflitos ocorrem numa área de disputa territorial entre os estados doParana e Santa Catarina
A Guerra do Contestado foi um conflito armado que ocorreu na região Sul do Brasil, entre outubro de 1912 e agosto de 1916. O conflito envolveu cerca de 20 mil camponeses que enfrentaram forças militares dos poderes federal e estadual. Ganhou o nome de Guerra do Contestado, pois os conflitos ocorrem numa área de disputa territorial entre os estados doParana e Santa Catarina
Causas da Guerra
A estrada de ferro entre São Paulo e Rio Grande do Sul estava sendo construída por uma empresa norte-americana, com apoio dos coronéis (grandes proprietários rurais com força política) da região e do governo. Para a construção da estrada de ferro, milhares de família de camponeses perderam suas terras. Este fato, gerou muito desemprego entre os camponeses da região, que ficaram sem terras para trabalhar.
Outro motivo da revolta foi a compra de uma grande área da região por de um grupo de pessoas ligadas à empresa construtora da estrada de ferro. Esta propriedade foi adquirida para o estabelecimento de uma grande empresa madeireira, voltada para a exportação. Com isso, muitas famílias foram expulsas de suas terras.
O clima ficou mais tenso quando a estrada de ferro ficou pronta. Muitos trabalhadores que atuaram em sua construção tinham sido trazidos de diversas partes do Brasil e ficaram desempregados com o fim da obra. Eles permaneceram na região sem qualquer apoio por parte da empresa norte-americana ou do governo.
Participação do monge José Maria
Nesta época, as regiões mais pobres do Brasil eram terreno fértil para o aparecimento de lideranças religiosas de caráter messiânico. Na área do Contestado não foi diferente, pois, diante da crise e insatisfação popular, ganhou força a figura do beato José Maria. Este pregava a criação de um mundo novo, regido pelas leis de Deus, onde todos viveriam em paz, com prosperidade justiça e terras para trabalhar. José Maria conseguiu reunir milhares de seguidores, principalmente de camponeses sem terras.
Os conflitos
Os coronéis da região e os governos (federal e estadual) começaram a ficar preocupados com a liderança de José Maria e sua capacidade de atrair os camponeses. O governo passou a acusar o beato de ser um inimigo da República, que tinha como objetivo desestruturar o governo e a ordem da região. Com isso, policiais e soldados do exército foram enviados para o local, com o objetivo de desarticular o movimento.
Os soldados e policiais começaram a perseguir o beato e seus seguidores. Armados de espingardas de caça, facões e enxadas, os camponeses resistiram e enfrentaram as forças oficiais que estavam bem armadas. Nestes conflitos armados, entre 5 mil e 8 mil rebeldes, na maioria camponeses, morreram. As baixas do lado das tropas oficiais foram bem menores.
O fim da Guerra
A guerra terminou somente em 1916, quando as tropas oficiais conseguiram prender Adeodato, que era um dos chefes do último reduto de rebeldes da revolta. Ele foi condenado a trinta anos de prisão.
Conclusão
A Guerra do Contestado mostra a forma com que os políticos e os governos tratavam as questões sociais no início da Republica. Os interesses financeiros de grandes empresas e proprietários rurais ficavam sempre acima das necessidades da população mais pobre. Não havia espaço para a tentativa de solucionar os conflitos com negociação. Quando havia organização daqueles que eram injustiçados, as forças oficiais, com apoio dos coronéis, combatiam os movimentos com repressão e força militar.
A estrada de ferro entre São Paulo e Rio Grande do Sul estava sendo construída por uma empresa norte-americana, com apoio dos coronéis (grandes proprietários rurais com força política) da região e do governo. Para a construção da estrada de ferro, milhares de família de camponeses perderam suas terras. Este fato, gerou muito desemprego entre os camponeses da região, que ficaram sem terras para trabalhar.
Outro motivo da revolta foi a compra de uma grande área da região por de um grupo de pessoas ligadas à empresa construtora da estrada de ferro. Esta propriedade foi adquirida para o estabelecimento de uma grande empresa madeireira, voltada para a exportação. Com isso, muitas famílias foram expulsas de suas terras.
O clima ficou mais tenso quando a estrada de ferro ficou pronta. Muitos trabalhadores que atuaram em sua construção tinham sido trazidos de diversas partes do Brasil e ficaram desempregados com o fim da obra. Eles permaneceram na região sem qualquer apoio por parte da empresa norte-americana ou do governo.
Participação do monge José Maria
Nesta época, as regiões mais pobres do Brasil eram terreno fértil para o aparecimento de lideranças religiosas de caráter messiânico. Na área do Contestado não foi diferente, pois, diante da crise e insatisfação popular, ganhou força a figura do beato José Maria. Este pregava a criação de um mundo novo, regido pelas leis de Deus, onde todos viveriam em paz, com prosperidade justiça e terras para trabalhar. José Maria conseguiu reunir milhares de seguidores, principalmente de camponeses sem terras.
Os conflitos
Os coronéis da região e os governos (federal e estadual) começaram a ficar preocupados com a liderança de José Maria e sua capacidade de atrair os camponeses. O governo passou a acusar o beato de ser um inimigo da República, que tinha como objetivo desestruturar o governo e a ordem da região. Com isso, policiais e soldados do exército foram enviados para o local, com o objetivo de desarticular o movimento.
Os soldados e policiais começaram a perseguir o beato e seus seguidores. Armados de espingardas de caça, facões e enxadas, os camponeses resistiram e enfrentaram as forças oficiais que estavam bem armadas. Nestes conflitos armados, entre 5 mil e 8 mil rebeldes, na maioria camponeses, morreram. As baixas do lado das tropas oficiais foram bem menores.
O fim da Guerra
A guerra terminou somente em 1916, quando as tropas oficiais conseguiram prender Adeodato, que era um dos chefes do último reduto de rebeldes da revolta. Ele foi condenado a trinta anos de prisão.
Conclusão
A Guerra do Contestado mostra a forma com que os políticos e os governos tratavam as questões sociais no início da Republica. Os interesses financeiros de grandes empresas e proprietários rurais ficavam sempre acima das necessidades da população mais pobre. Não havia espaço para a tentativa de solucionar os conflitos com negociação. Quando havia organização daqueles que eram injustiçados, as forças oficiais, com apoio dos coronéis, combatiam os movimentos com repressão e força militar.
Guerra de Canudos
Situação do Nordeste
no final do século XIX (contexto histórico)
- Fome – desemprego e baixíssimo
rendimento das famílias deixavam muitos sem ter o que comer;
- Seca – a região do agreste ficava
muitos meses e até anos sem receber chuvas. Este fator dificultava a
agricultura e matava o gado.
- Falta de apoio político – os
governantes e políticos da região não davam a mínima atenção para as populações
carentes;
- Violência – era comum a existência
de grupos armados que trabalhavam para latifundiários. Estes espalhavam a
violência pela região.
- Desemprego – grande parte da
população pobre estava sem emprego em função da seca e da falta de
oportunidades em outras áreas da economia.
- Fanatismo religioso: era comum a
existência de beatos que arrebanhavam seguidores prometendo uma vida melhor.
Dados da Guerra de Canudos:
- Período: de novembro de 1896
a outubro de 1897.
- Local: interior do sertão da Bahia
- Envolvidos: de um lado os habitantes do Arraial de Canudos (jagunços, sertanejos pobres e miseráveis, fanáticos religiosos) liderados pelo beato Antônio Conselheiro. Do outro lado as tropas do governo da Bahia com apoio de militares enviados pelo governo federal.
Causas da Guerra:
- Local: interior do sertão da Bahia
- Envolvidos: de um lado os habitantes do Arraial de Canudos (jagunços, sertanejos pobres e miseráveis, fanáticos religiosos) liderados pelo beato Antônio Conselheiro. Do outro lado as tropas do governo da Bahia com apoio de militares enviados pelo governo federal.
Causas da Guerra:
O governo da Bahia, com apoio dos
latifundiários, não concordavam com o fato dos habitantes de Canudos não
pagarem impostos e viverem sem seguir as leis estabelecidas. Afirmavam também
que Antônio Conselheiro defendia a volta da Monarquia.
Por outro lado, Antônio Conselheiro
defendia o fim da cobrança dos impostos e era contrário ao casamento civil. Ele
afirma ser um enviado de Deus que deveria liderar o movimento contra as
diferenças e injustiças sociais. Era também um crítico do sistema republicano,
como ele funcionava no período.
Os conflitos militares
Nas três primeiras tentativas das
tropas governistas em combater o arraial de Canudos nenhuma foi bem sucedida.
Os sertanejos e jagunços se armaram e resistiram com força contra os militares.
Na quarta tentativa, o governo da Bahia solicitou apoio das tropas federais.
Militares de várias regiões do Brasil, usando armas pesadas, foram enviados
para o sertão baiano. Massacraram os habitantes do arraial de Canudos de forma
brutal e até injusta. Crianças, mulheres e idosos foram mortos sem piedade.
Antônio Conselheiro foi assassinado em 22 de setembro de 1897.
Significado do conflito
A Guerra de canudos significou a luta
e resistência das populações marginalizadas do sertão nordestino no final do
século XIX. Embora derrotados, mostraram que não aceitavam a situação de
injustiça social que reinava na região.
O Cangaço
Introdução
Entre o final do século XIX e começo
do XX (início da republica, surgiu, no nordeste brasileiro, grupos de homens
armados conhecidos como cangaceiros. Estes grupos apareceram em função,
principalmente, das péssimas condições sociais da região nordestina. O
latifúndio, que concentrava terra e renda nas mãos dos fazendeiros, deixava as
margens da sociedade a maioria da população.
Entendendo o cangaço
Portanto, podemos entender o cangaço
como um fenômeno social, caracterizado por atitudes violentas por parte dos
cangaceiros. Estes, que andavam em bandos armados, espalhavam o medo pelo
sertão nordestino. Promoviam saques a fazendas, atacavam comboios e chegavam a
seqüestrar fazendeiros para obtenção de resgates. Aqueles que respeitavam e
acatavam as ordens dos cangaceiros não sofriam, pelo contrário, eram muitas
vezes ajudados. Esta atitude, fez com que os cangaceiros fossem respeitados e
até mesmo admirados por parte da população da época.
Os cangaceiros não moravam em locais fixos. Possuíam uma vida nômade, ou seja, viviam em movimento, indo de uma cidade para outra. Ao chegarem nas cidades pediam recursos e ajuda aos moradores locais. Aos que se recusavam a ajudar o bando, sobrava a violência.
Como não seguiam as leis estabelecidas pelo governo, eram perseguidos constantemente pelos policiais. Usavam roupas e chapéus de couro para protegerem os corpos, durante as fugas, da vegetação cheia de espinhos da caatinga. Além desse recurso da vestimenta, usavam todos os conhecimentos que possuíam sobre o território nordestino (fontes de água, ervas, tipos de soloe vegetação) para fugirem ou obterem esconderijos.
Existiram diversos bandos de cangaceiros. Porém, o mais conhecido e temido da época foi o comandado por Lampião (Virgulino Ferreira da Silva), também conhecido pelo apelido de “Rei do Cangaço”. O bando de Lampião atuou pelo sertão nordestino durante as décadas de 1920 e 1930. Morreu numa emboscada armada por uma volante, junto com a mulher Maria Bonita e outros cangaceiros, em 29 de julho de 1938. Tiveram suas cabeças decepadas e expostas em locais públicos, pois o governo queria assustar e desestimular esta prática na região.
Depois do fim do bando de Lampião, os outros grupos de cangaceiros, já enfraquecidos, foram se desarticulando até terminarem de vez ,no final da década de 1930.
Os cangaceiros não moravam em locais fixos. Possuíam uma vida nômade, ou seja, viviam em movimento, indo de uma cidade para outra. Ao chegarem nas cidades pediam recursos e ajuda aos moradores locais. Aos que se recusavam a ajudar o bando, sobrava a violência.
Como não seguiam as leis estabelecidas pelo governo, eram perseguidos constantemente pelos policiais. Usavam roupas e chapéus de couro para protegerem os corpos, durante as fugas, da vegetação cheia de espinhos da caatinga. Além desse recurso da vestimenta, usavam todos os conhecimentos que possuíam sobre o território nordestino (fontes de água, ervas, tipos de soloe vegetação) para fugirem ou obterem esconderijos.
Existiram diversos bandos de cangaceiros. Porém, o mais conhecido e temido da época foi o comandado por Lampião (Virgulino Ferreira da Silva), também conhecido pelo apelido de “Rei do Cangaço”. O bando de Lampião atuou pelo sertão nordestino durante as décadas de 1920 e 1930. Morreu numa emboscada armada por uma volante, junto com a mulher Maria Bonita e outros cangaceiros, em 29 de julho de 1938. Tiveram suas cabeças decepadas e expostas em locais públicos, pois o governo queria assustar e desestimular esta prática na região.
Depois do fim do bando de Lampião, os outros grupos de cangaceiros, já enfraquecidos, foram se desarticulando até terminarem de vez ,no final da década de 1930.
Revolta da Vacina
Introdução
O início do período republicado da
História do Brasil foi marcado por vários conflitos e revoltas populares. O Rio
de Janeiro não escapou desta situação. No ano de 1904, estourou um movimento de
caráter popular na cidade do Rio de Janeiro. O motivo que desencadeou a revolta
foi a campanha de vacinação obrigatória, imposta pelo governo federal, contra a
varíola.
Situação do Rio de Janeiro no início
do século XX
A situação do Rio de Janeiro, no
início do século XX, era precária. A população sofria com a falta de um sistema
eficiente de saneamento basico Este fato desencadeava constantes epidemias,
entre elas, febre amarela e varíola. A população de baixa renda, que morava em
habitações precárias, era a principal vítima deste contexto.
Preocupado com esta situação, o então
presidente Rodrigues Alves colocou em prática um projeto de saneamento básico e
reurbanização do centro da cidade. O medico e sanitarista Oswaldo Cruz foi
designado pelo presidente para ser o chefe do Departamento Nacional de Saúde
Pública, com o objetivo de melhorar as condições sanitárias da cidade.
Campanha de Vacinação
Obrigatória
A campanha de vacinação obrigatória é
colocada em prática em novembro de 1904. Embora seu objetivo fosse positivo,
ela foi aplicada de forma autoritária e violenta. Em alguns casos, os agentes
sanitários invadiam as casas e vacinavam as pessoas à força, provocando revolta
nas pessoas. Essa recusa em ser vacinado acontecia, pois grande parte das
pessoas não conhecia o que era uma vacina e tinham medo de seus efeitos.
Revolta popular
A revolta popular aumentava a cada
dia, impulsionada também pela crise econômica (desemprego, inflação e alto
custo de vida) e a reforma urbana que retirou a população pobre do centro da
cidade, derrubando vários cortiços e outros tipos de habitações mais simples.
As manifestações populares e
conflitos espalham-se pelas ruas da capital brasileira. Populares destroem
bondes, apedrejam prédios públicos e espalham a desordem pela cidade. Em 16 de
novembro de 1904, o presidente Rodrigues Alves revoga a lei da vacinação
obrigatória, colocando nas ruas o exército, a marinha e a polícia para acabar
com os tumultos. Em poucos dias a cidade voltava a calma e a ordem.
Revolta da Chibata
Introdução
A Revolta da Chibata foi um
importante movimento social ocorrido, no início do século XX, na cidade do Rio
de Janeiro. Começou no dia 22 de novembro de 1910.
Neste período, os marinheiros
brasileiros eram punidos com castigos físicos. As faltas graves eram punidas
com 25 chibatadas (chicotadas). Esta situação gerou uma intensa revolta entre
os marinheiros.
Causas da revolta
Causas da revolta
O estopim da revolta ocorreu quando o
marinheiro Marcelino Rodrigues foi castigado com 250 chibatadas, por ter ferido
um colega da Marinha, dentro do encouraçado Minas Gerais. O navio de guerra
estava indo para o Rio de Janeiro e a punição, que ocorreu na presença dos
outros marinheiros, desencadeou a revolta.
O motim se agravou e os revoltosos chegaram a matar o comandante do navio e mais três oficiais. Já na Baia da Guanabara, os revoltosos conseguiram o apoio dos marinheiros do encouraçado São Paulo. O clima ficou tenso e perigoso.
Reivindicações
O motim se agravou e os revoltosos chegaram a matar o comandante do navio e mais três oficiais. Já na Baia da Guanabara, os revoltosos conseguiram o apoio dos marinheiros do encouraçado São Paulo. O clima ficou tenso e perigoso.
Reivindicações
O líder da revolta, João Cândido
(conhecido como o Almirante Negro), redigiu a carta reivindicando o fim dos
castigos físicos, melhorias na alimentação e anistia para todos que
participaram da revolta. Caso não fossem cumpridas as reivindicações, os
revoltosos ameaçavam bombardear a cidade doRio de Janeiro (então capital
do Brasil).
Segunda revolta
Segunda revolta
Diante da grave situação, o
presidente Hermes da Fonseca resolveu aceitar o ultimato dos revoltosos. Porém,
após os marinheiros terem entregues as armas e embarcações, o presidente
solicitou a expulsão de alguns revoltosos. A insatisfação retornou e, no começo
de dezembro, os marinheiros fizeram outra revolta na Ilha das Cobras. Esta
segunda revolta foi fortemente reprimida pelo governo, sendo que vários
marinheiros foram presos em celas subterrâneas da Fortaleza da Ilha das Cobras.
Neste local, onde as condições de vida eram desumanas, alguns prisioneiros faleceram.
Outros revoltosos presos foram enviados para a Amazônia, onde deveriam prestar
trabalhos forçados na produção de borracha.
O líder da revolta João Cândido foi expulso da Marinha e internado como louco no Hospital de Alienados. No ano de 1912, foi absolvido das acusações junto com outros marinheiros que participaram da revolta.
Conclusão: podemos considerar a Revolta da Chibata como mais uma manifestação de insatisfação ocorrida no início da Republica Embora pretendessem implantar um sistema político-econômico moderno no país, os republicanos trataram os problemas sociais como “casos de polícia”. Não havia negociação ou busca de soluções com entendimento. O governo quase sempre usou a força das armas para colocar fim às revoltas, greves e outras manifestações populares.
O líder da revolta João Cândido foi expulso da Marinha e internado como louco no Hospital de Alienados. No ano de 1912, foi absolvido das acusações junto com outros marinheiros que participaram da revolta.
Conclusão: podemos considerar a Revolta da Chibata como mais uma manifestação de insatisfação ocorrida no início da Republica Embora pretendessem implantar um sistema político-econômico moderno no país, os republicanos trataram os problemas sociais como “casos de polícia”. Não havia negociação ou busca de soluções com entendimento. O governo quase sempre usou a força das armas para colocar fim às revoltas, greves e outras manifestações populares.
Olá professor Vagner essa matéria é para os 8Anos ou é para os 9Anos
ResponderExcluir9 ANOS KEMILLY
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