segunda-feira, 4 de maio de 2020

Informativo - Material de apoio aos estudos - 9 anos

GUIA ORIENTADOR DE ESTUDOS

PLANO DE AULA DE HISTÓRIA
9 ANOS
Objeto do conhecimento: O nascimento da República no Brasil e os processos históricos até a metade do século XX.
Habilidades: (EF09HI01) Descrever e contextualizar os principais aspectos sociais, culturais, econômicos e políticos da emergência da República no Brasil.
(EF09HI02) Caracterizar e compreender os ciclos da história republicana, identificando particularidades da história local e regional até 1954.

Objetivo: Conhecer formas de participação política durante a Primeira República (1889-1930).

Etapa 1 - Assistir : Vídeoaula:

Resumo das principais características da República Velha ou 1° República do Brasil.
https://youtu.be/Vw4HGHDWMjs 
https://youtu.be/YZKeRBG9xk0 - Créditos - Camila Perola



- Fazer anotação dos pontos principais.


 REPÚBLICA VELHA
O CONTURBADO INICIO DA REPUBLICA
Ø  O golpe militar de  Deodoro derrubou a república no Brasil;
Ø  Marechal Deodoro da Fonseca: Primeiro Presidente do Brasil;
Ø  Situação do Ministro da Fazenda: Rui Barbosa:
ü  Se propôs a industrializar o pais;
ü  Autorizou a emissão de papel moeda;
ü  Autorizou empréstimos aos interessados em abrir empresas;
ü  Descontrole financeiro;
ü  Alto do custo de vida;
ü  Inflação e falência
Ø  Marechal Deodoro ordenou o fechamento do Congresso e decretou o Estado de sitio na capital e em Niterói.
Ø  Deodoro renuncia
Ø  Marechal Floriano Peixoto assume a presidência;
Ø  Prendeu e deportou milhares de rebeldes;
Ø  Destituiu governadores;
Ø  Tabelou preços, etc.;
A REPUBLICA DAS OLIGARQUIAS
Ø  Houve uma Assembléia Constituinte e uma nova Constituição:
ü  O nome de Estados Unidos do Brasil para o país;
ü  Republica presidencialista;
ü  Republica federativa;
ü  Mandato de quatro em quatro anos;
ü  Voto universal masculino, aberto para maiores de 21 anos e alfabetizados;
ü  O direito de cada Estado de eleger seu governador e sua Assembléia Legislativa.
Ø  O federalismo atendia aos desejos dos cafeicultores paulistas que apoiaram a queda da monarquia;
Ø  As oligarquias mais fortes no país eram as de São Paulo e as de Minas Gerais.
Ø  Política do café - com -leite.
Ø  Até 1930 as oligarquias paulistas e mineiras decidiam quem venciam as eleições para presidente da República.
Ø  O Pacto entre governos estaduais e governos federais foi chamado de política dos governadores.
O PODER LOCAL DOS CORONÉIS
Ø  Durante toda a república Velha, as mesmas oligarquias mantiveram o domínio político do país;
Ø  Os coronéis eram os grandes proprietários de terras que controlavam a vida dos municípios;
Ø  Eram eles quem conseguiam emprego. Nomeação, proteção contra as injustiças e contra inimigos.
Ø  O voto era aberto, sabia-se no ato da votação qual era a escolha do eleitor;
Ø  Surge assim, o VOTO DO CABRESTO.
Ø  Curral eleitoral







Etapa 2 - Sensibilização: Leia a definição do verbete República/republicanismo e depois observe as imagens.

República/republicanismo
[...] Pode-se dizer que república é uma forma de governo que se distingue da forma monárquica. Tal distinção deve-se ao fato de que o fundamento do poder nas repúblicas não está associado a governo unipessoal e à sucessão dinástica, tal como nas monarquias, invariavelmente governadas por casas reais. [...] de modo geral a ideia contemporânea de república aproxima-se da de democracia, posto que está associada à soberania popular, exercida por meio da participação em eleições regulares, livres, competitivas e extensivas a todos os postos politicamente relevantes. A tais traços devem ser acrescentadas a distinção e a separação entre teologia e política.
LESSA, Renato. Confira o significado do termo República  segundo o Dicionário de Políticas Públicas. São Paulo: Editora Unesp, 2016. Disponível em: <http://editoraunesp.com.br/blog/confira-o-significado-do-termo-republica-segundo-o-dicionario-de-politicas-publicas>. Acesso em: 20 fev. 2019.






Fotografia de antiga urna de lona
BRASIL. Tribunal Superior Eleitoral. Urna de lona. Disponível em: <http://www.tse.jus.br/imagens/fotos/urna-de-lona>. Acesso em: 5 fev. 2019.









Cédula das eleições municipais de São Paulo em 1988
BRASIL. Tribunal Superior Eleitoral. Cédulas eleitorais. Disponível em: <http://www.tse.jus.br/o-tse/cultura-e-historia/museu-do-voto/temas/cedulas-eleitorais>. Acesso em: 5 fev. 2019













Urna eletrônica brasileira
CRUZ, José. Urna eletrônica que é usada nas eleições brasileiras. Agência Brasil, 2005. Wikipedia. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Urna_eletr%C3%B4nica.jpeg>. Acesso em: 5 fev. 2019.











Observe a charge e, em seguida, leia o texto.



Voto de cabresto e política dos governadores na
Primeira República

Com a República, os fazendeiros passaram a ter seu prestígio avaliado pela capacidade de barganha eleitoral, determinada pelo controle que exerciam sobre os eleitores, característica que reforçou o coronelismo. O termo “coronel” surgiu na Guarda Nacional (1832) e designava a patente mais alta de comando. A Guarda perdeu sua importância após a Guerra do Paraguai, quando o Exército se fortaleceu, mas o título persistiu como forma de expressar o poder dos latifundiários no interior do país.  [...]


Os “coronéis” se beneficiaram do voto aberto, o que lhes permitia o pleno controle sobre os eleitores no momento da eleição e a formação dos “currais eleitorais”. Valiam-se de todo tipo de coação, inclusive da força, para impor o chamado “voto de cabresto” e assegurar a vitória de seus candidatos. Também eram comuns as chamadas “eleições a bico de pena”, em que fraudes eram praticadas em todas as etapas do processo: no alistamento dos eleitores, na composição das mesas de votação e apuração, nas transcrições das atas e nos diplomas dos eleitos. O processo eleitoral era tratado como uma formalidade, e a vontade dos eleitores, como questão secundária. Munidos de cacife eleitoral, os “coronéis” se articulavam aos grupos oligárquicos que mantinham a hegemonia no plano estadual. Assim, estabeleciam uma ampla rede de alianças, por meio da troca de votos por favores, bens, nomeações para cargos públicos, obras, total impunidade e outros privilégios, que aumentavam seu poder local.
A partir dessa prática surgiu a “política dos governadores”, em que os coronéis se utilizavam do voto de cabresto para garantir a eleição de prefeitos, parlamentares e governadores em troca de favores em todas as esferas do governo. A política dos governadores “é considerada a última etapa da montagem do sistema oligárquico ou liberalismo oligárquico, que permitiu, de forma duradoura, o controle do poder central pela oligarquia cafeeira”.
DIAS, Carlos Alberto Ungaretti. Política dos Governadores. Dicionário da Elite Política Republicana. São Paulo: FGV, 2011.Disponívelem:<https://cpdoc.fgv.br/sites/default/files/verbetes/primeirarepublica/POL%C3%8DTICA%20DOS%20GOVERNADORES.pdf>. Acesso em: 3 fev. 2019.

Etapa 3 – Sistematização
Escreva um texto relacionando o voto de cabresto  a política dos governadores da Primeira República. 








Materiais complementares:


https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/rPApKQJEmjjy4QaANeBhzwF7ZRJezvzsMh4BvCnbAT3rY9AUSkXd4TPUzXr9/his9-01und02-problematizacao-1-charge-voto-de-cabresto.pdf



https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/NQw2TCJtrmB53YcqZ8vwDYTCPJA92UpXrRy8wZy9Q3NBcAzXQTMgrGqKczkn/his9-01und02-problematizacao-2-texto-voto-de-cabresto-e-politica-dos-governadores.pdf

Para saber mais:




Coronelismo:

POLITIZE. O que é o coronelismo? Disponível em: <https://www.politize.com.br/coronelismo-entenda-o-conceito/>. Acesso em: 6 fev. 2019.

LEAL, Victor. Coronelismo, enxada e voto: O município e o regime representativo no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.

Voto de cabresto:

POLITIZE. Voto de cabresto: História e práticas atuais. Disponível em: <https://www.politize.com.br/voto-de-cabresto/>. Acesso em: 6 fev. 2019.




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